Que sublime espera,
Dolorida e angustiante espera.
Como se fosse um espinho cravado no peito
Uma farpa de madeira navegando pela veia,
Rasgando por dentro, fazendo arder a alma.
Quantas não foram as vezes que me peguei
Parada, imóvel como que moribunda
Aguardando sua chegada.
Quantas não foram as vezes que acordei em sobre-salto,
Assustada, suando frio, molhada
Parecias tão real, cheguei a tocar-te.
Tolo sonho meu com tanta vontade de vc
cujo calor enfraquece o espirito e entorpece a mente.
Fazendo-me delira com imagens e sensações vazias.
Como sonhei com você,
Como esperei por você,
Como sofri com tua falta,
Cheguei a duvidar que existias
Cheguei a maldizer-te, cansada de esperar-te
Foi o tempo meu pior inimigo,
Deu-me tempo para sonhar,
Deu-me tempo para refletir,
Deu-me tempo para desejar,
Deu-me tempo para chorar,
Deu-me tempo para angustiar,
Deu-me tempo para desistir,
Deu-me tempo para endurecer,
Deu-me tempo para morrer,
Deu-me tempo para odiar.
Ah! Dor cruel esta dor da espera
Constante e implacável,
Não descansa até ver-me no chão
Agonizante, ferido no peito, sangrando.
Ai, como que num passe de mágica
Você aparace, vindo do nada, caindo do céu é agora
como posso ver-te com meus olhos cobretos pela espera
como posso abraça-te com meus braços rasgados pela dor
como posso aceitar-te com meu peito ferido pela solidão.
Qual remédio pode curar tantas feridas,
Qual remédio pode tratar tamanha febre,
Qual remédio pode devolver-me a paz a confiança.
Ironia, ironia, ri de minha dor, zumba de meus sentimentos
não respeita minhas vergonhas, nem principios
qual o remédio senão a imensa vontade de senti você me toca
senti teus beijos quente...me sugando sufocando minha alma
te amo agora e sempre minha vida......
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